O diabetes mellitus é uma doença metabólica caracterizada pelo aumento anormal de glicose (açúcar) no sangue. É uma das doenças que mais matam no mundo. Embora ainda não haja uma cura definitiva para o diabetes, há vários tratamentos que podem melhorar a qualidade de vida do portador, evitando complicações mais severas.
Um estilo de vida pouco saudável, marcado pelo sedentarismo, por uma dieta inadequada ou por obesidade, aumenta a probabilidade de ocorrência da doença. Outros fatores de risco são: apresentar antecedente familiar, hipertensão arterial (maior que 14 por 9), colesterol ou triglicerídios maior que o normal, doença cardiovascular ou cerebrovascular.
Na maioria dos casos, o diabetes é assintomático. No entanto, a doença pode provocar os seguintes sintomas: aumento do volume urinário (acima de 2.500 ml por dia), sensação de sede em demasia, fome excessiva, fadiga, fraqueza, letargia, prurido cutâneo e vulvar, inflamação conjunta da glande e prepúcio, diminuição brusca da acuidade visual, e infecções regulares.
As consequências do diabetes, a longo prazo, incluem disfunção e falência de vários órgãos, especialmente rins, olhos, nervos, coração e vasos sanguíneos. Quando não controlado, traz consequências graves. É a causa mais comum de amputação de membros inferiores não-traumática. Pode provocar cegueira irreversível, doença crônica renal, partos prematuros e mortalidade materna. O diabetes tipo 1 é capaz de reduzir a expectativa de vida da pessoa em média 15 anos. Para o tipo 2, a expectativa de vida é reduzida em 5 a 7 anos. Ainda, adultos com diabetes têm risco duas a quatro vezes maior de apresentar doenças cardiovasculares e acidente vascular cerebral.
O tratamento da doença inclui, além da modificação dos hábitos alimentares, a utilização, se necessário, de medicamentos. Existem dois tipos de tratamento medicamentoso do diabetes: os anti-diabéticos orais e as insulinas.
Para prevenir o surgimento da doença, aconselha-se:
-
A prática regular de atividade física;
-
Redução de peso (entre 5% a 10% do peso);
-
Aumento da ingestão de fibras alimentares (frutas, verduras, legumes, cereais integrais);
-
Restrição de alimentos ricos em gordura saturada e colesterol (gorduras de origem animal, carne de porco, lingüiça, embutidos em geral, frutos do mar, miúdos, vísceras, pele de frango, dobradinha, gema de ovo, mocotó, carne vermelha com gordura aparente, leite e iogurte integral, manteiga, creme de leite, leite de côco, azeite de dendê e chocolate), além de carboidratos simples (açúcar, mel, garapa, melado, rapadura e doces em geral);
-
Suspensão do hábito de fumar;
-
Baixo consumo de bebidas alcoólicas.
Curiosidade:
Em 1991, a International Diabetes Federation (IDF), em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), criou o Dia Mundial do Diabetes – 14 de novembro, para chamar a atenção ao crescente número de casos da doença em todo o mundo. No Brasil, cerca de 10 milhões de pessoas são portadoras da doença e 500 novos casos surgem a cada dia. No mundo, são aproximadamente 245 milhões de pessoas, número que deve chegar a 380 milhões em 30 anos.
Fonte: Ministério da Saúde