A boa prática clínica no uso de analgésicos comuns e opioides para tratamento e alívio da dor, os tipos, quantidade a ser administrada e contraindicações na sua utilização foram alguns dos tópicos abordados pela médica Fernanda Santana, durante a Sessão Clínica sobre Tratamento Farmacológico da Dor, realizada no auditório do HS, no dia 30 de agosto.
O evento, promovido pelo setor de Ensino e Pesquisa, reuniu profissionais de saúde e estudantes que debateram o tratamento de pacientes com dor, o uso de medicamentos adequados e a importância do olhar atento às necessidades de ajustes das doses e da possibilidade de reações adversas. “O paciente não precisa nem deve ficar com dor. É preciso verificar a escala de dor nas últimas 24 horas e ajustar a analgesia; usar o arsenal terapêutico, prestando atenção nos efeitos colaterais” salientou a médica e coordenadora de Ensino e Pesquisa do HS, Maria Brandão.
Para o tratamento da dor moderada ou intensa, com uso de opioides, Fernanda Santana fez um alerta: “O uso prolongado de opioides não é recomendado”. Os efeitos de sua utilização, como constipação, também foram citados pela médica. Dra. Fernanda explicou ainda quando se pode dizer que o sucesso foi alcançado no tratamento contra a dor. “Será considerado tratamento bem-sucedido aquele que reduzir pelo menos 50% do escore de dor na EVA”, afirmou, fazendo referência ao parâmetro de avaliação da intensidade da dor, conhecido como EVA (Escala Visual Analógica).
O protocolo de dor adotado no HS também foi mencionado por Fernanda Santana, sendo esclarecidas as dúvidas dos profissionais de saúde e estudantes presentes.