Para conhecerem o modelo de parceria público-privada do Hospital do Subúrbio (HS), representantes do Banco Mundial – organização internacional que fornece assistência técnica e financeira a países em desenvolvimento – visitaram a unidade hospitalar na tarde de quarta-feira, 8 de junho. O secretário estadual da Saúde, Jorge Solla, explicou à equipe de Assessoria em Estruturação de PPPs da Corporação Financeira Internacional (IFC, na sigla em inglês), órgão do Banco Mundial, todo o processo de escolha da localização do hospital, do seu perfil e do parceiro privado, além da atual estrutura física e de recursos humanos do HS.
O presidente da Prodal Saúde (concessionária responsável pela gestão do hospital), Jorge Oliveira, e membros do corpo diretor do HS acompanharam a apresentação do secretário Jorge Solla e mostraram as instalações do hospital aos visitantes, bem como o moderno sistema informatizado de prontuários dos pacientes.
A primeira PPP de saúde no Brasil tem atraído a atenção de gestores públicos de diversos estados brasileiros e da própria IFC, responsável pela concepção do projeto de parceria para o hospital, sua modelagem técnica, financeira e jurídica. O motivo está no alto grau de resolubilidade e eficiência da assistência prestada ao usuário. “Tínhamos como premissa estabelecer um novo paradigma de qualidade na prestação do serviço médico-hospitalar pelo Poder Público. O resultado desse primeiro projeto de saúde foi bem positivo”, afirmou o secretário Jorge Solla.
A formatação de um arcabouço legal no Estado adequado à nova realidade das PPPs e a existência de um projeto de governo coeso foram apontados pela coordenadora do projeto de PPP do Hospital do Subúrbio e assessora especial do secretário da Saúde, Mara Souza, como fatores essenciais para o bom andamento da parceria. Para o diretor executivo dos Estados Unidos no Banco Mundial, Ian Solomon, o encontro serviu para “levar para outros países as lições aprendidas aqui, extrapolando até mesmo a área da saúde ao verificar como elas podem ser úteis em outros setores”. Solomon revelou que as suas impressões sobre o hospital foram extremamente positivas: “É excelente poder ver o conceito de uma PPP implementado de fato, de uma forma que parece exceder as expectativas originais”.
A operacionalização e gestão dos serviços clínicos e não-clínicos, mencionada na apresentação do secretário estadual da Saúde, também foi avaliada por Richard Cabello, gerente para a América Latina do Departamento de Assessoria em Estruturação de PPPs da IFC. Em comparação a outras experiências, nas quais o setor privado atua apenas na etapa de construção, a exemplo de um hospital no México, Richard Cabello acredita que o modelo baiano de PPP é melhor. “Ao atuar na assistência, a eficiência do serviço é de fato alcançada. O que é preferível: um serviço melhor ou uma construção?”, indagou.
De acordo com o presidente da Prodal Saúde, Jorge Oliveira, é essa compreensão da PPP que precisa ser difundida. “A gestão assistencial é a que representa maior custo para o gestor. Através do parceiro privado, consegue-se maior economia e mais eficiência na prestação do serviço público”, esclareceu.
O encontro também contou com a participação de Priscila Romano (Sesab), presidente da Comissão de Acompanhamento e Gestão do Contrato de Concessão Administrativa do HS, que ressaltou para os visitantes a qualidade dos serviços realizados pelo Hospital do Subúrbio. Além de Ian Solomon e Richard Cabello, demais membros do Banco Mundial estiveram presentes: Paolo Martelli, diretor da IFC para a América Latina; Loy Pires, gerente-geral da IFC para o Brasil; Atul Metha, diretor-global para a Área de Indústrias da IFC; e Maurício Ribeiro, do Departamento de Assessoria em Estruturação de PPPs para o Brasil.