Os obstáculos que atrasam e impedem a formação de parcerias público-privadas (PPPs) no segmento da saúde no Brasil foram tratados na última edição da revista GRI Infrastructure, que traz o case do Hospital do Subúrbio (HS) como paradigma de sucesso. A operação e gestão plena dos serviços assistenciais pelo HS, a chamada bata branca, é ressaltada na reportagem, que apresenta depoimentos do secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, e do presidente da Prodal Saúde, Jorge Oliveira.
A matéria mostra como as dificuldades fiscais de estados e municípios, a falta de segurança jurídica nos modelos de garantia e a ingerência política afetaram a assinatura de novos contratos de PPP na área. O estado da Bahia, no entanto, ganha destaque por seguir apostando nas PPPs, ainda que para o próximo equipamento a ser entregue – o Hospital Couto Maia – tenha sido escolhido o modelo de bata cinza, que abarca serviços acessórios (construção, equipamentos, manutenção predial, segurança, alimentação, lavanderia), deixando de fora a assistência.
Na matéria, o secretário de Saúde baiano, Fábio Vilas-Boas, afirma que “os modelos de PPP que incluem a gestão dos serviços possibilitam trazer experiências vitoriosas do setor privado para dentro do governo”. A economia gerada ao estado, com uma operação mais barata do que a direta do governo, e a eficiência atrelada a instalações bem equipadas são apontadas por especialistas e consultores da área. Segundo Jorge Oliveira, é visível a dificuldade que os entes públicos têm de formatar modelos de PPP semelhantes ao do Hospital do Subúrbio ou até mais simples. “Estamos preparados para assumir novos desafios nessa área”, declarou à revista.