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Profissionais do HS realizam treinamento sobre “Cirurgia Segura”

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O anestesiologista José Admirço ministrou o treinamento

Cerca de 70 profissionais do Hospital do Subúrbio (HS), dentre anestesistas, técnicos de enfermagem, instrumentistas e enfermeiros, realizaram o treinamento sobre “Cirurgia Segura” promovido pela unidade hospitalar, por meio do setor de Educação Permanente, e baseado no Manual para Cirurgia Segura da Organização Mundial da Saúde (OMS). Com término no dia 9 de setembro, o treinamento percorreu, durante duas semanas, o Centro Cirúrgico e unidades de internação cirúrgica, alcançando a cada dia diferentes profissionais.
À frente dos ensinamentos repassados às equipes, estavam o médico anestesiologista José Admirço Lima Filho e a coordenadora da Educação Permanente, a enfermeira Andréia Ferreira. Ela explica que os treinamentos têm como objetivo garantir a segurança do paciente no procedimento cirúrgico. Para alcançá-la, evitando-se a ocorrência de complicações em cirurgias, os instrutores tiveram como ponto de partida a Lista de Verificação de Segurança Cirúrgica criada pela OMS.
As explicações, feitas nos locais de trabalho das equipes, consistiram na apresentação dos itens existentes na lista da OMS, que devem ser checados em três momentos distintos: antes da anestesia, antes do início da cirurgia e antes do paciente sair da sala cirúrgica. Conhecê-los e fazer o check list das práticas são formas de minimizar situações evitáveis que podem comprometer a vida de pacientes.
Andréia Ferreira salienta que, durante o treinamento, os profissionais foram informados quanto às mudanças que surgirão na rotina – ainda que poucas – a partir da implementação dessas verificações. Inicialmente, as práticas de segurança serão aplicadas com pacientes da Ortopedia e da Cirurgia Geral, cujos procedimentos são previamente agendados. Após avaliação criteriosa das medidas implantadas e das necessidades de ajustes, o check list será feito em todos os procedimentos cirúrgicos do hospital, incluindo pacientes da Emergência e das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
Dados da OMS apontam que das 234 milhões de cirurgias extensas realizadas por ano, 7 milhões de pacientes sofrem complicações cirúrgicas, sendo que metade dos eventos relacionados a tais cirurgias poderia ser evitada. As estatísticas, informadas pelo médico José Admirço na preparação das equipes, ainda mostram que pelo menos um milhão de pessoas morrem anualmente, durante ou após uma grande cirurgia.
Artigo sobre o tema, publicado em 2009 no The New England Journal of Medicine, demonstra que após a introdução da Lista de Verificação de Segurança Cirúrgica houve uma redução no número de mortes de 1,5% para 0,8%. A ocorrência de grandes complicações também caiu de 11% para 7% e as infecções de 6,2% para 3,4%, segundo o estudo que observou 7.688 pacientes antes e depois da utilização do check list, de oito hospitais em oito cidades (Toronto – Canadá, Londres – Inglaterra, Nova Délhi – Índia, Seattle – EUA, Auckland – Nova Zelândia, Amman – Jordânia, Manilha – Filipinas e Ifakara – Tanzânia).
Andréia Ferreira e José Admirço ainda salientaram a importância da comunicação eficiente entre os membros das equipes, com o compartilhamento das informações, para proporcionar maior segurança no Centro Cirúrgico. De acordo com Andréia, a partir do momento que o profissional verbaliza para os demais as práticas estabelecidas na Lista de Verificações da OMS, a atenção para com os procedimentos de segurança é redobrada.