O Jornal Pan-Americano de Trauma, Cuidado Crítico e Cirurgia de Emergência traz em sua mais recente edição (setembro-dezembro de 2017) artigo sobre o protocolo “Onda Vermelha”, implantado no Hospital do Subúrbio (HS). Escrito por profissionais do hospital, o artigo mostra como a Onda Vermelha melhora a comunicação entre o departamento de Emergência e outros setores estratégicos do HS, e reduz o tempo entre a chegada do paciente com trauma hemorrágico grave e o tratamento cirúrgico definitivo.
O protocolo da “Onda Vermelha” integra a Linha de Cuidado do Trauma do HS e já havia sido tema de trabalho premiado no XXIX Congresso Pan-Americano de Trauma, Cuidado Crítico e Cirurgia de Emergência, em novembro de 2016, em Maceió. A pesquisa, intitulada “Fatores relacionados à mortalidade em indivíduos admitidos no Protocolo da Onda Vermelha”, teve autoria de profissionais do HS e estudantes da Liga Acadêmica do Trauma e Emergências Médicas (LAEME), com orientação do cirurgião-geral e idealizador da Linha de Cuidado do Trauma do HS, André Gusmão.
O artigo pubicado no Jornal Pan-Americano explica como funciona a Onda Vemelha. De acordo com o protocolo, o paciente traumatizado é avaliado, na admissão, pela enfermagem responsável pela sala vermelha, que ativa uma campainha indicando a chegada de paciente traumatizado grave. O cirurgião, após avaliação do paciente, aciona uma campainha vermelha que dispara um sinal sonoro e visual em setores estratégicos do hospital, cada um com seus subprotocolos preestabelecidos.
Cada setor tem prazos pré-definidos: a entrada do paciente no Centro Cirúrgico deve ocorrer em até 15 minutos após o acionamento da Onda Vermelha. A oferta de hemocomponentes pela agência transfusional em até 20 minutos, mesmo tempo para a coleta de sangue para exames de laboratório. Uma luz do painel luminoso no Centro Cirúrgico se apaga a cada etapa completada, gravando os tempos de resposta.
Segundo os autores do artigo, “a Onda Vermelha mostrou-se protocolo efetivo para sistematização do tratamento inicial do paciente com choque hemorrágico, melhorando a comunicação entre os setores estratégicos envolvidos, reduzindo o tempo de resposta de cada setor e tornando o tratamento destes pacientes adequado e ágil”.