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Indicadores do 3º trimestre são apresentados ao corpo clínico

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A higienização das mãos foi abordada pelo médico Alan Brito

O desempenho operacional do Hospital do Subúrbio (HS) em seu 3º trimestre (período de 14 de março de 2011 a 13 de junho), incluindo indicadores relativos à infecção hospitalar, à ocorrência de óbitos, ao registro nos prontuários e avaliação de procedimentos pelo Núcleo da Qualidade, foi apresentado e discutido com o corpo clínico do hospital, em reuniões realizadas nos dias 8 e 9 de agosto.
Durante a fala do gerente médico do HS, Jorge Motta, foram mostrados os números de atendimento nas Emergências Adulto e Pediátrica e no Ambulatório, de acordo com a classificação de risco (vermelho, amarelo, verde e azul), somando um total de 32.933 pacientes atendidos. A produção de serviços nessas unidades e no Serviço de Apoio Diagnóstico e Terapêutico foi igualmente exibida na apresentação.
De acordo com levantamento realizado, 63% das pessoas atendidas vêm da região do Subúrbio Ferroviário, 15% são oriundas de seu entorno, 16% dos demais bairros de Salvador e apenas 6% de outras cidades. As principais causas de internação foram lesões, envenenamentos e outras consequências de causas externas (24,5%) e doenças do aparelho circulatório (13,3%). Os indicadores quantitativos e qualitativos avaliados trimestralmente pela Comissão de Acompanhamento e Gestão do Contrato de Concessão Administrativa, da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), são disponibilizados à população no site do HS.

Comissões

As comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), de Avaliação e Revisão do Prontuário do Paciente (CPEP) e de Revisão e Análise de Óbitos também estiveram presentes, destacando dados do trimestre e condutas a serem seguidas pelos profissionais. Médico da CCIH, Alan Brito chamou a atenção para a importância da higienização das mãos, abordando a forma e tempo da lavagem. Ele esclareceu que as mãos são os grandes meios de transmissão das doenças entre pacientes, alertando os médicos quanto à relevância desse ato simples, mas de extrema valia no controle das infecções.
Ainda, o uso de antimicrobianos e a prescrição correta dos mesmos, em particular da antibioticoprofilaxia, foram temas abordados por Alan Brito. O médico alertou para a necessidade do uso padronizado dos antimicrobianos, evitando a sua utilização indevida, a qual favorece de modo significativo a resistência bacteriana.
Segundo Alan Brito, nos últimos anos não há registro de descobertas de novos antimicrobianos e tem-se observado o aumento da resistência bacteriana aos referidos antibióticos, fato que dificulta a eficácia terapêutica no tratamento dos pacientes. Por isso, destacou como fundamental o acompanhamento diário da correta indicação, posologia e tempo de tratamento no uso dos antimicrobianos.
Presidente da CPEP, a médica Tânia Paixão tratou, em sua fala, dos aspectos éticos e resoluções do Conselho Federal de Medicina (CFM) e Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) relativas à obrigatoriedade do preenchimento correto, adequado e legível do prontuário do paciente. Ela ressaltou a importância do documento como instrumento legal de informações referentes ao estado de saúde do paciente, quando da sua internação hospitalar.
Tânia Paixão também valorizou os cuidados da boa anamnese e exame físico, com o registro criterioso no prontuário de todos os achados clínicos, sinais e sintomas. A apresentação da médica deixou clara a compreensão de que o prontuário é a expressão objetiva da qualidade da assistência prestada aos pacientes.
A Comissão de Revisão e Análise de Óbitos se manifestou por meio de sua presidente, a médica Cyntia Lins, que mostrou as estatísticas dos óbitos, incluindo os que ocorrem num período inferior a 48 horas, o que equivale a 40% dos pacientes que chegam ao hospital, e aqueles ocorridos nas UTIs e enfermarias. Dentre as principais causas das mortes no trimestre analisado, estão em primeiro lugar (31,1%) as neurológicas (como acidentes vasculares cerebrais), seguidas dos quadros infecciosos (Sepse) responsáveis por 27,7% dos óbitos. Em terceiro, estão os traumas (18,2%). A faixa etária em que se verifica maior mortalidade é aquela que vai dos 60 aos 80 anos de idade. A taxa de mortalidade institucional, considerada baixa, foi de 3,28%.

Interação

Além das comissões, as reuniões contaram com apresentação da coordenadora do Núcleo da Qualidade, Jacqueline Canuto, que explanou sobre os passos para a acreditação do HS pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), os resultados das avaliações feitas nos setores e a importância da inserção dos médicos nesse processo.
A unidade de Farmácia Clínica, representada por Andréa Marques e Bárbara Kelly, atentou para a atuação integrada do farmacêutico, atrelando a sua atividade à assistência do paciente com foco na segurança clínica. Também apresentou a importância de seguir criteriosamente a padronização de medicamentos do HS. As farmacêuticas abordaram ainda o papel da Farmácia Clínica, no particular de se fazer a rastreabilidade dos eventos adversos, das interações medicamentosas e efeitos colaterais.