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HS conclui primeira turma de Residência Médica e mostra que é possível um serviço público de qualidade

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Contribuir para uma formação profissional completa de jovens médicos e demonstrar que é viável e possível um atendimento humano e de qualidade para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Este foi o objetivo central da equipe do Hospital do Subúrbio (HS) ao iniciar, em 2013, o projeto de Residência nas área de Clínica Médica, Pediatria, Ortopedia e Trauma. Nesta segunda-feira (29/02), 11 médicos que formaram esta primeira turma concluíram a residência e mostraram entusiasmo com a troca de experiência entre colegas, preceptores, pacientes e outros profissionais do HS.Desktop105

“Aqui nós deixamos de focar apenas no livro para viver o todo. Fazer a residência no HS foi muito gratificante e ter feito a diferença para muitos pacientes, foi melhor ainda. Percebemos que aqui é possível chegar a este ponto. Aqui tivemos todos os recursos possíveis, com a ajuda de profissionais engajados, e percebemos que o hospital oferece todo o tratamento que o paciente precisa. Nós conseguimos reabilitar o doente, e não apenas tratar da doença”, disse, emocionada, no encontro de encerramento, a médica Maíra Gonçalves, que concluiu a Residência em Clínica Médica e vai fazer parte do corpo clínico do Hospital do Subúrbio.

Já o médico Luís Maurício Medeiros, que chegou ao fim da Residência na área de Trauma (a primeira da Bahia), destacou o contato com um grande número de pacientes como um diferencial para a sua formação. “Vamos levar toda esta bagagem conosco. A nossa quantidade de atendimentos foi muito grande e qualificada, contando com apoio e parceria com colegas das mais diversas especialidades e áreas. Estou muito mais seguro e preparado para exercer a minha profissão”, disse.

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A diretora geral do HS, Licia Cavalcanti, ressaltou a importância do projeto de Residência Médica para a unidade de saúde e para a qualificação do serviço público. “Esta data vai ficar para a história do HS porque encerramos uma importante etapa de troca de experiências com estes novos médicos, compartilhando as dificuldades e facilidades de um hospital deste porte, com a tecnologia que temos, e por mostrar que o SUS é possível. Queremos que eles compartilhem esta filosofia nas outras unidades de saúde pública pelas quais vão trabalhar, tendo como referência um atendimento horizontal e de muita qualidade e eficiência”, afirmou.

O diretor técnico do hospital, Jorge Motta, relembrou que os residentes depositaram confiança na unidade de saúde e que vão levar na bagagem muito do modelo de assistência adotado. “Foi o início de um projeto de Residência Médica e eles acreditaram. Além disso, os residentes participaram dos planos terapêuticos e eram vigilantes do trabalho desenvolvido por toda a equipe, conhecendo detalhes das rotinas da emergência, UTI e cirurgia ortopédica. Esta política influencia no comportamento profissional e enriquece a formação”, considerou o médico.

Ensino e pesquisa – O Hospital do Subúrbio, antes mesmo de se habilitar para oferecer a Residência Médica, já contava com um Núcleo de Ensina e Pesquisa, que coordenava internatos com estudantes de medicina e desenvolve formações para a equipe multidisciplinar. O médico André Gusmão, coordenador de Ensino e Pesquisa, falou sobre a iniciativa. “Somos um hospital jovem e, neste início, herdamos profissionais de diversas escolas. Mas agora estamos criando a nossa própria escola. É a primeira vez que vamos ‘contaminar’ o ambiente lá fora com os nossos ideais e a nossa filosofia”, afirmou.

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O preceptor da residência de Pediatria, André Soledade, não deixou de considerar o ganho para o corpo clínico como um todo. “É tudo muito positivo. A presença dos estudantes aqui estimula a equipe a estudar mais, já que eles trazem questionamentos e idéias novas para a unidade de saúde e desafiam com um novo olhar, contribuindo para melhorar ainda mais o nosso modelo assistencial de serviço público”, afirmou.

O médico Rogério Palmeira, preceptor de Clínica Médica, ressaltou a vocação do HS para o ensino. “Desde a minha chegada aqui no hospital tive a intenção de trazer atividades ligadas ao ensino. Começamos com o internato e, em 2013, apresentamos o projeto de Residência. Fomos credenciados e conseguimos preencher de imediato as vagas para Clínica Médica. Este grupo que conclui as atividades hoje contribuiu para estabelecer novos métodos e rotinas. Já estamos com a segunda turma em andamento e vamos iniciar a terceira neste ano de 2016”, disse.

Foi justamente este sentimento que teve a médica Catharina Castro, que concluiu a Residência em Pediatria. “Percebemos aqui sempre a vontade de toda a equipe de ajudar e melhorar no que fosse possível. Eu posso dizer que tive a chance de conhecer um hospital público diferenciado, que mostra que a saúde pública pode funcionar”, afirmou.

O presidente da Prodal Saúde, consórcio que administra o Hospital do Subúrbio, ressaltou a contribuição que a unidade possibilita à comunidade com este projeto. “Trata-se de uma empresa cidadã, que sabe da importância do seu papel na sociedade. O nosso contrato com o Governo do Estado não pede a existência de uma Residência Médica. Mas acreditamos que precisamos dar essa contribuição, contribuindo ainda mais para um tratamento digno e humano aos nossos pacientes”, concluiu.