O Hospital do Subúrbio (HS) recebeu, nos dias 25 e 28 de março, a visita de representantes do Banco Mundial interessados em conhecer o desempenho gerencial do hospital nos seis meses de operação e os indicadores quantitativos e qualitativos obtidos no período. O especialista sênior em parcerias público-privadas do Instituto do Banco Mundial (World Bank Institute), Rui Monteiro, e o chefe global de Estruturação de PPPs da Saúde da Corporação Financeira Internacional (IFC na sigla em inglês, instituição do Banco Mundial), Robert Taylor, elogiaram os bons resultados alcançados no curto espaço de tempo de atividade da unidade hospitalar.
Os visitantes foram recebidos pelo presidente da Prodal Saúde (concessionária responsável pela gestão do HS), Jorge Oliveira, e pela presidente do Conselho de Administração da empresa, Tereza Valente, que apresentaram a performance do hospital nos seis primeiros meses de atuação ao tempo em que discutiram oportunidades de melhorias e novos projetos. “Fizemos uma longa visita ao Hospital do Subúrbio. Foi realmente gratificante ver que a população está se beneficiando com os serviços de alta qualidade do hospital”, disse Robert Taylor.
O cumprimento de metas estabelecidas no contrato de concessão administrativa, referentes aos indicadores quantitativos e qualitativos de atendimentos de usuários, de internações, tempo médio de permanência, de mortalidade e infecção hospitalar, índices de renovação e resolubilidade, foi um dos aspectos abordados no encontro. A apresentação dos dados, bem como do modelo de assistência baseado na classificação de risco, ficou a cargo da diretora médica do HS, Lícia Cavalcanti.
“A impressão deixada pelos visitantes foi de uma surpresa agradável, considerando a velocidade com que o hospital foi implantado, sua operação plena e o desempenho alcançado. Hoje, o hospital já possui toda a sua capacidade instalada totalmente preenchida – tanto para os leitos das enfermarias, como de terapia intensiva”, explicou a diretora médica. Ela ressaltou, na ocasião, a preocupação diante da permanente superlotação da Emergência, particularmente no atendimento aos adultos. “Diariamente, são mantidos pacientes internados em leitos de observação quando os mesmos deveriam estar acomodados em leitos de internação”, afirmou.
No entanto, a diretora esclareceu que a situação reflete a escassez de leitos hospitalares na cidade para atender a demanda de pacientes portadores de múltiplas patologias. Reforçou que muitas dessas doenças merecem atenção contínua e seriam controláveis, caso houvesse uma Rede Básica de Saúde consolidada e resolutiva que atendesse as necessidades da população.
Atuação destacada – Segundo Andréa Azeredo, executiva sênior de investimentos do IFC, o hospital está atingindo os objetivos estabelecidos na licitação. “Ficamos muito satisfeitos com os dados apresentados. Para o IFC e o BNDES, esses resultados são importantes”, resumiu. O IFC e o BNDES financiaram o estudo do projeto de concessão administrativa do HS.
Ao compartilharem experiências de projetos semelhantes em outros países, os representantes do Banco Mundial, Rui Monteiro e Robert Taylor, demonstraram em suas falas que o HS tem exibido uma atuação destacada. E aproveitaram para fazer uma comparação com outras instituições, a exemplo de hospitais no México e na África que após dois anos de funcionamento ainda não apresentam indicadores satisfatórios como aqueles alcançados pelo Hospital do Subúrbio.
O encontro contou com a presença de Priscila Romano, presidente da Comissão de Acompanhamento e Gestão do Contrato de Concessão Administrativa do HS, vinculada à Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), e das técnicas Cláudia Varjão, Sandra Santos e Verônica Barreto. Na avaliação de Priscila Romano, os dados indicam que a população tem sido atendida pelo HS de forma satisfatória. “O serviço tem sido ofertado de forma a atender o maior número possível de pessoas. O hospital tem se mostrado organizado e bem estruturado”, pontuou. Os representantes da Desenbahia, Paulo Costa; da Secretaria da Fazenda, Frederico Durr e Rogério Princhak; e do IFC, Tomas Anker, também compareceram.