O ano de 2016 está acabando, mas já tem o seu lugar garantido na história da saúde pública na Bahia e do Hospital do Subúrbio (HS) em particular. Com apenas 6 anos de funcionamento, o HS passou a integrar a seleta lista dos 12 hospitais públicos de excelência que existem hoje no Brasil, acreditados pela Organização Nacional de Acreditação (ONA). É, ainda, a primeira e única unidade hospitalar pública da Bahia e do Nordeste a conquistar o nível máximo de certificação da qualidade dos serviços de saúde prestados à população.
Ser um hospital acreditado com excelência significa atender aos critérios de segurança do paciente em todas as áreas de atividade, possuir uma gestão integrada com fluidez dos processos, e uma cultura organizacional de melhoria contínua com maturidade institucional. Segundo a diretora-geral do HS, Lícia Cavalcanti, tudo isso se traduz na prática, para o paciente atendido no HS, na satisfação do usuário quando procura os serviços da unidade e é atendido nas suas necessidades com dignidade, humanização e ética.
A qualidade do atendimento é a maior garantia que um hospital de excelência pode dar ao seu paciente. Para a coordenadora de enfermagem Tatiane Alves, a satisfação em trabalhar no HS vem da certeza de que nada falta: material adequado, equipamentos funcionando, profissionais discutindo cada caso. “É maravilhoso estar num lugar onde você pode fazer tudo aquilo que deve ser feito em prol de um paciente e para o bem comum”, diz Tatiane.
O Brasil conta atualmente com 96 hospitais que alcançaram o nível de excelência de acordo com os parâmetros estabelecidos pela ONA. Desses, 12 são públicos, distribuídos em São Paulo (7), Pará (2), Rio de Janeiro (1), Goiás (1) e Bahia, com o Hospital do Subúrbio. Para ingressar nessa lista, a equipe do HS dedicou-se, desde a sua implantação, a perseguir critérios de qualidade assistencial, instituindo normas e padrões para garantir a segurança do paciente, com cuidados na sua estrutura física, materiais, equipamentos e mão de obra qualificada. Além disso, investe em educação permanente, reunindo profissionais dos diversos serviços da instituição em um trabalho integrado e multidisciplinar.
Trajetória – O percurso feito pelo Hospital do Subúrbio tendo em vista a acreditação, para reconhecimento da qualidade dos serviços prestados pela instituição, começou cedo. Por exigência estabelecida no contrato de parceria público-privada (PPP) firmado entre o Governo da Bahia e a Prodal Saúde (operadora e gestora do hospital), o HS comprometeu-se a alcançar o nível 1 de acreditação hospitalar em seu segundo ano de operação e conseguiu. Em agosto de 2012, o hospital conquistou o certificado de Acreditado, concedido pela ONA, após avaliação do Instituto Qualisa de Gestão (IQG Health Services Accreditation), entidade certificadora credenciada junto à ONA.
A partir de então, o HS estabeleceu como política institucional o uso das ferramentas da Qualidade em todos os processos de trabalho, visando à continuidade dos níveis de certificação hospitalar. Em agosto de 2014, conquistou o certificado de Acreditação Hospitalar de nível 2 – Acreditado Pleno. Continuou evoluindo nos anos seguintes, até que em setembro de 2016 o hospital foi novamente avaliado por membros do IQG e da ONA. Dessa vez, alcançou o nível máximo de certificação (nível 3), com a entrega, em outubro, do certificado de Acreditado com Excelência.
Ao fazer o anúncio interno a gestores e colaboradores do HS, a avaliadora do IQG Janaína Cherubin ressaltou o trabalho das lideranças, que acompanham as atividades de gestão e a operação in loco, bem como o trabalho realizado desde a equipe multiprofissional até a diretoria do hospital. Um elogio especial foi direcionado ao grupo de Tecnologia da Informação que, segundo Janaína, “consegue escutar o que a (equipe da) assistência fala”.
Outros pontos fortes destacados foram a gestão do acesso, responsável pelo gerenciamento de leitos; as Linhas de Cuidado do Paciente com AVC e do Paciente Vítima de Trauma; a qualidade do parque tecnológico, que promove agilidade nos processos diagnósticos e terapêuticos; e a interação do hospital com a comunidade, baseada na transparência.