As particularidades que envolvem a solicitação de exames de imagem e a confecção de seus respectivos laudos em unidades de Emergência foram os tópicos centrais da sessão clínica realizada no dia 26 de julho, no auditório do Hospital do Subúrbio (HS). O evento foi aberto à participação de profissionais de saúde do hospital e de outras instituições interessados no tema.
O médico radiologista Márcio Ribeiro esteve à frente do debate, mostrando a importância de uma atuação ágil e objetiva tanto por parte dos médicos que solicitam os exames quanto dos radiologistas, além da necessidade de interação entre esses profissionais. “Emergência é tempo e objetividade”, resumiu Dr. Márcio Ribeiro, após alertar que o médico precisa saber exatamente o que quer ao solicitar exames. Por isso, fazer a escolha certa do tipo de exame é fundamental e, para evitar perda de tempo e custos, o diálogo entre médico solicitante e radiologista não pode ser descartado.
Analisando experiências anteriores em uma unidade de Emergência, o radiologista explica que quase 90% das tomografias de tórax se mostraram desnecessárias, uma vez que poderiam ter sido substituídas por exames de raio-X. Ele ainda esclareceu em quais situações fazer o uso da ultrassonografia, da tomografia e da ressonância magnética, nas situações mais comuns em unidades de Urgência e Emergência. “A ressonância magnética não tem o dinamismo da tomografia nem o protagonismo dela, mas há casos em que é uma ferramenta melhor”, explicou Dr. Márcio, citando os casos de pacientes vítimas de trauma raquimedular.
O palestrante da sessão clínica também esclareceu dúvidas dos médicos que participaram do encontro e defendeu o desenvolvimento de uma nova cultura na área de Radiologia, a cultura do “radiologista de Emergência”, objetivo, claro e específico quanto à informação contida no laudo.