Orientações, esclarecimentos e sugestões marcaram a primeira reunião informativa entre profissionais da equipe multidisciplinar do Hospital do Subúrbio (HS) e acompanhantes de pacientes adultos internados nas enfermarias do hospital. O encontro, realizado no dia 14 de abril, no HS, deu início a uma série de reuniões que passam a ocorrer quinzenalmente, às quintas-feiras, com os acompanhantes das enfermarias de adultos.
A medida visa aproximar os usuários do corpo técnico do hospital e possibilitar que acompanhantes tirem suas dúvidas sobre procedimentos e condutas no ambiente hospitalar. Por cerca de 40 minutos, a assistente social Priscila Oliveira, a psicóloga Ana Clara Bastos e a coordenadora de enfermagem Milene Aguiar conversaram com acompanhantes de longa permanência das duas enfermarias cirúrgicas do hospital.
Cuidados para prevenir casos de infecção hospitalar e para não incomodar os colegas de leito fizeram parte da lista de recomendações dadas pelas profissionais. Dentre elas, lavar as mãos, não sentar no leito do paciente, evitar o excesso de bagagem e o uso de perfumes com fragrâncias fortes, além de atentar para a importância do silêncio.
As facilitadoras do encontro também chamaram a atenção para o volume da campainha do telefone celular e as conversas nos leitos. “O que uma pessoa quer, a outra pode não querer. É preciso respeitar o paciente ao lado e o momento de cada um”, reforçou a coordenadora de enfermagem, Milene Aguiar.
A necessidade de os próprios acompanhantes se organizarem para o momento da troca de horário entre eles e outros familiares que os substituem foi destacada. “O acompanhante deve combinar com o familiar a que horas descerá para a recepção para que o outro possa se dirigir ao leito, e avisar à enfermaria”, explicou Milene.
Apesar de exercer papel significativo na recuperação do paciente, o familiar não está autorizado a agir sozinho em momentos como banho, realização de curativos, e almoço de pacientes que estejam começando a comer. Nestes casos, Milene Aguiar afirma que cabe à equipe de enfermagem atuar. Ainda, de acordo com a legislação, apenas idosos e crianças têm direito a acompanhantes. Pacientes de outras idades que não possuem condições físicas de atender às suas necessidades básicas são as exceções.
Sobre visitas realizadas por crianças menores de 12 anos, a assistente social Priscila Oliveira esclareceu: é necessária a avaliação pela equipe de enfermagem e o acompanhamento psicológico durante a visita. A cada explicação, os acompanhantes estavam atentos e participativos. “Nunca tinha visto uma ação desse tipo num hospital. Gostei muito”, disse o acompanhante Adesvaldo Novaes.
Para Iraci dos Santos, que acompanha a mãe internada no hospital, o grupo informativo é uma verdadeira “união” entre as profissionais e familiares dos pacientes. “A ideia de realizar uma reunião foi muito boa. Elas falaram como devemos nos comportar e tiraram minhas dúvidas”, comentou.
Reuniões envolvendo acompanhantes já são prática comum na unidade de pediatria. Toda quarta e sexta-feira, uma assistente social, uma psicóloga e a coordenadora de enfermagem da unidade dão orientações e escutam os acompanhantes.