Dados recentes da prestação de serviços do Hospital do Subúrbio (HS) foram apresentados às lideranças comunitárias do Subúrbio Ferroviário de Salvador, no dia 28 de janeiro, no auditório da unidade hospitalar. Seguindo prática adotada desde o início de suas atividades em 2010, de manter o diálogo aberto e transparente com a população, a primeira reunião de 2020 contou com cerca de 30 participantes, entre gestores do HS, líderes da região do Subúrbio e os representantes da Central Estadual de Regulação, Marta Câmara, e da Diretoria de Gestão de Unidades Consorciadas e em Parceria Público Privada (DGECOP), Luis Sérgio Almeida e Kadyja Santos.
“Considero esse encontro trimestral um fórum permanente de saúde do distrito. É um espaço democrático por meio do qual encaminhamos demandas”, afirmou Alberto Santos, uma das lideranças presentes e ex-conselheiro distrital de saúde. Durante o encontro, o diretor técnico do HS, Rogério Palmeira, mostrou os números relativos aos atendimentos na Emergência e Ambulatório do HS, bem como às cirurgias realizadas.
De setembro a dezembro de 2019, foram atendidas 18.772 pessoas, sendo 56,8% na Emergência Adulto, 16,8% na Emergência Pediátrica e 26,4% no Ambulatório. Pacientes provenientes do Subúrbio Ferroviário representaram o maior percentual de atendimentos, sendo 40,2% do total. Somando-se os pacientes de áreas vizinhas ao Subúrbio essa fatia chega a representar 54,5% dos atendimentos. A taxa média de permanência foi de 7,48 dias.
Em relação às cirurgias realizadas no último trimestre de 2019, foram computadas 2.903 cirurgias, sendo a maioria (87,2%) em pacientes adultos. As especialidades mais requisitadas foram Cirurgia Geral e Ortopedia. A taxa de ocupação hospitalar, no período, foi de 95%.
Em meio à exibição dos indicadores de desempenho, foram apresentados os principais motivos de internação no hospital, que registrou 3.620 pacientes internados nos últimos três meses de 2019. As causas externas prevaleceram (acidentes de trânsito, afogamentos, envenenamentos, quedas ou queimaduras e as violências, que incluem agressões, homicídios, suicídios e abusos físicos), responsáveis por 27% das internações, seguidas das doenças do aparelho circulatório (17%) e do aparelho digestivo (15%).
O resultado da pesquisa realizada com os usuários, que apontou grau de satisfação de 98%, recebeu elogios dos líderes comunitários. A pesquisa foi aplicada de meados de setembro a meados de dezembro de 2019, e ouviu pacientes na Emergência e unidades de Internação do hospital.
Outros assuntos entraram na pauta, como a importância de discutir a rede de atenção à saúde como um todo, de forma integrada. “Precisamos discutir o Subúrbio considerando a rede, e não de forma fragmentada. Também precisamos discutir a qualidade de vida na região e a saúde das pessoas idosas”, pontuou Marcos Sampaio, conselheiro estadual de saúde e representante do Fórum Pensar Saúde.