“A doença coloca o indivíduo em contato com a sua fragilidade, sua finitude”. A afirmação da psicóloga Rafaela Matias, durante a V Sessão Clínica de Cuidados Paliativos do Hospital do Subúrbio (HS), no dia 28 de novembro, revela a dimensão da atenção exigida na assistência a pacientes que se encontram nos leitos de hospital e, principalmente, àqueles em cuidados paliativos. Analisando os aspectos psíquicos que envolvem o sujeito diante da situação de adoecimento e as estratégias de acolhimento a esse paciente, as equipes do Serviço de Psicologia e do Serviço Social do HS dialogaram com o público presente, composto por médicos, profissionais da equipe multidisciplinar e estudantes que atuam no hospital.
“A principal preocupação quando se fala em humanização hospitalar é a dignidade do ser humano. Para atingirmos isso, é importante pensarmos em como nós trabalhamos”, pontuou a psicóloga de referência do HS, Miriam Lopes. Ela ainda reforçou a importância de uma comunicação adequada e eficiente com pacientes e familiares. A necessidade de refletir acerca do papel de cada profissional diante do paciente e como a sua conduta pode repercutir nos sintomas também mereceu destaque na fala da psicóloga Rafaela.
A dinâmica do Serviço Social na equipe de cuidados paliativos foi apresentada pela assistente social do HS, Fernanda Almeida. Além de mencionar atitudes que ajudam a amenizar o sofrimento, como um bom acolhimento e a escuta qualificada, Fernanda falou sobre a atuação da equipe na orientação quanto aos trâmites burocráticos relativos a documentações diversas, incluindo requerimento de benefícios.
Desde o início de 2019, o HS vem realizando uma série de sessões clínicas que têm como objetivo debater as questões que envolvem o processo de paliação. Até o momento, já foram abordados os critérios de indicação para cuidados paliativos, espiritualidade na prática assistencial e dilemas éticos, com discussão de casos reais.