Como socorrer uma pessoa vítima de trauma e conduzí-la a uma assistência especializada? Que tipo de avaliação inicial deve ser feita em um paciente politraumatizado? As respostas para essas perguntas foram dadas no Curso Básico de Abordagem Inicial ao Paciente Politraumatizado, que chegou à sua quinta edição no dia 26 de maio, reunindo 26 participantes no auditório do Hospital do Subúrbio (HS).
Com duração de quatro horas, o curso apresentou aos alunos conceitos e técnicas que devem ser empregados no atendimento inicial a pessoas que tenham sofrido politraumas, em decorrência de acidentes de trânsito, quedas, agressões físicas e ferimentos por arma branca ou arma de fogo. As explicações ficaram a cargo de Roberto Regis, enfermeiro do HS e coordenador do curso, que, além de abordar os temas na teoria, fez os participantes colocarem em prática todo o conhecimento.
Realizaram o curso colaboradores de distintos setores, como auxiliares de farmácia, agentes de transporte, técnicos de segurança do trabalho, auxiliares de higienização, estagiários, trainees e técnicos de enfermagem. Entre os assuntos apresentados estavam a Escala Revisada de Trauma, que avalia a gravidade do trauma por meio da sua repercussão sobre a função circulatória, respiratória e neurológica; o uso de dispositivos para imobilização, como colar cervical, prancha longa e talas; e a técnica de retirada da vítima dentro de veículo.
Também foi abordada a avaliação inicial do paciente, seguindo-se o protocolo ABCDE do trauma, caracterizado pela checagem das vias aéreas e estabilização da coluna cervical, aferição da boa respiração e da circulação com controle de hemorragia, avaliação primária do nível de consciência e exame físico completo com controle da hipotermia.
Nas edições passadas, o Curso Básico de Abordagem Inicial ao Paciente Politraumatizado contabilizou 116 profissionais do HS que realizaram a capacitação. O último curso havia acontecido em novembro de 2016. Nas aulas, capacitadores internos do hospital atuam como instrutores, contando com o apoio de monitores da Liga Acadêmica de Trauma e Emergência (Laeme) da Universidade Federal da Bahia (UFBA).