No primeiro trimestre deste ano, o setor de ortopedia do Hospital do Subúrbio (HS) prestou assistência a mais que o dobro de pacientes, em comparação ao mesmo período de 2011. De um total de 2 mil atendimentos realizados há três anos, entre janeiro e março, o montante saltou para 5 mil entre os mesmos meses de 2014 – um incremento de 150%. Os números chamam a atenção para um setor que funciona a todo vapor, 24 horas por dia, e que tem motivos de sobra para celebrar, nesta sexta-feira (19), o Dia do Ortopedista.
A Ortopedia, inclusive, responde por até 26% do total de atendimentos realizados no HS. A equipe, composta por 27 ortopedistas, incluindo três plantonistas (24 horas), se aprimorou para atender a uma demanda cada vez mais crescente. Para se ter uma ideia, no início do funcionamento do hospital, eram recepcionados menos casos, a maioria de baixa complexidade. “Recebíamos muitos pacientes com fraturas de rádio e úmero, por exemplo. Agora os traumas são mais complexos envolvendo as articulações de quadril e joelho”, declara Dr. Ricardo Cotias, coordenador da Ortopedia do HS.
O que chama a atenção da equipe, também, é a incidência recorrente do aumento de cirurgias no verão. Em 2010, por exemplo, de janeiro a março, foram realizados 272 procedimentos, enquanto no mesmo período deste ano se registraram 640. Outro detalhe curioso é que os acidentes com motocicletas e as vítimas de arma de fogo representam, pelo menos, 60% dos atendimentos na Ortopedia do hospital, liderando o ranking de traumas.
Indicadores – Atualmente são realizadas de 7 a 8 cirurgias ortopédicas no HS por dia, como informa Dr. Cotias. E uma questão extremamente positiva é que o tempo de permanência dos pacientes, que era de 12 dias na unidade, hoje é de 7 a 8. Isto contribuiu significadamente para a redução do índice de infecção, que gira em torno de 3% do total de atendidos, incluindo aqueles com fratura exposta. A mortalidade no setor também reduziu nestes quatro anos, e corresponde a 0,7% dos casos.
O paciente submetido a tratamento de traumas no HS é acompanhado não apenas durante o período de internação. “Prestamos também a assistência ambulatorial, pós-cirúrgica, incluindo o retorno para avaliação até a consolidação da fratura e sua reabilitação funcional”, destaca Dr. Cotias, salientando que, por se tratar de uma unidade de porta aberta, o HS recebe pacientes de várias partes do Estado da Bahia.
A idade média dos pacientes do setor é de 10 anos (crianças), 34 anos (adultos) e 73 anos (idosos). “Estamos sempre em busca de melhorias no atendimento. No momento, por exemplo, queremos otimizar o cuidado ao paciente idoso frágil, ou seja, aquele que tem comorbidades e precisa ser tratado com celeridade”, diz Dr. Ricardo Cotias.
Residência – Além de atuar como campo de estágio e de ter firmado convênios para residências médicas, este ano o Hospital do Subúrbio iniciou a residência médica própria em Ortopedia e Traumatologia. São duas vagas e que atualmente estão ocupadas pelos médicos Rodrigo Falcão e Diorgenes Santos. “É uma grande oportunidade fazer residência em uma instituição em que as cirurgias são realizadas em tempo hábil e não são canceladas por falta de material, por exemplo. Sem falar que a preceptoria está sempre presente para discutir e tirar as dúvidas necessárias”, observa Dr. Falcão.
Dr. Diorgenes, que veio do Tocatins para realizar a residência médica na unidade, diz que ficou satisfeito com a estrutura do hospital. “A unidade está apta para receber os residentes. E aqui vejo os fluxos funcionarem corretamente”, considera.