Ele está presente em corredores do Hospital do Subúrbio (HS), chama a atenção pelas cores e quantidade de informações e tem um nome extenso e pouco conhecido: hemoglobinômetro. O sistema, criado pela Assessoria de Comunicação e Inovação, com o apoio técnico da Agência Transfusional, pretende aumentar a captação de doadores e, consequentemente, a produção de hemocomponentes, mais precisamente a de concentrado de hemácias.
“O objetivo é chamar a atenção dos colaboradores para a necessidade de doar sangue, assim como a dos visitantes e acompanhantes de pacientes”, afirma Dra. Isa Lyra, coordenadora da Agência Transfusional. Conforme ela, o hospital tem recebido em torno de 10 a 12 unidades diárias de bolsas por dia, uma quantidade muito abaixo da necessária e que pode afetar o tempo para a realização de determinados procedimentos, por exemplo. O sangue do tipo O- é o que mais está em falta atualmente.
Como funciona – Inovadora, a estrutura de funcionamento do hemoglobinômetro é de fácil compreensão: os oito grupos de sangue (A+, A-, B+, B-, AB+, AB-, O+ e O-) ficam separados por quadros que indicam, em números, a quantidade de bolsas de sangue disponíveis para cada um dos tipos sanguíneos.
Na imagem, uma seta indica a quantidade de bolsas para cada um desses tipos sanguíneos, classificando-os como “bom”, “regular”, “ruim” ou “crítico”. O quadro mostra ainda o panorama global de bolsas existentes na unidade, utilizando esta mesma classificação.
Caso o nível crítico for alcançado, ou até mesmo o ruim, um plano de contingência entra em ação para a captação voluntária de doação de sangue. São acionadas, por exemplo, as lideranças comunitárias do Subúrbio Ferroviário e colaboradores da Base Naval de Aratu.
Sangue fracionado – Os hemocomponentes, como explica Letícia Alves, enfermeira da Agência Transfusional, correspondem ao sangue fracionado, ou seja, separado em quatro partes diferentes: concentrado de hemácias, plasma fresco congelado, concentrado de plaquetas e crioprecipitado. Dentre eles, o mais utilizado no HS é o concentrado de hemácias, os chamados glóbulos vermelhos, que são responsáveis pelo transporte de oxigênio por todo o corpo, combatendo anemias graves, sangramentos intensos, dentre outros agravos clínicos.
Para se ter uma dimensão, de janeiro a julho deste ano, foram transfundidos no HS – ou seja, utilizado nos pacientes – um total de 2.556 concentrados de hemácias, mais da metade do total dos outros hemocomponentes recebidos pela unidade através da Fundação Hemoba.
“O nosso objetivo é realizar uma boa prática transfusional. O correto é transfundir somente o que o paciente necessita. Adotamos protocolos que visam à segurança da indicação, desde o processo de produção dos hemocomponentes até a infusão”, explica Dra. Isa.
Parceria com o Hemoba – O Hospital do Subúrbio conta com um posto do Hemoba, que funciona de segunda a sexta-feira, das 7 às 16 horas. Para doar, é preciso ter de 16 a 60 anos, pesar acima de 50 kg, estar bem alimentado e em bom estado de saúde. Informações podem ser obtidas no telefone (71) 3217-8824.